terça-feira, 27 de maio de 2003

sexta-feira, 23 de maio de 2003



Concerto Massive Attack ontem no Coliseu. Mega-fixe! Felizmente não veio a Sinnead O'Connor, infelizmente pareceu-me que as duas outras vozes femininas a que recorreram me pareceram deixar algo a desejar. :-( Mas fora isto, grande concerto!



quarta-feira, 21 de maio de 2003



Aqui há uns meses (poucos) li um artigo no The Atlantic sobre a Arábia Saudita (o único país no mundo cujo nome deriva da família que o governa), sobre a dependência dos EUA do petróleo deste país, sobre o facto de a Al Quaeda ter algum apoio popular (em parte por causa dos desmandos de uma família real com 30.000 príncipes e outros "reais") - note-se que a maioria dos "11/9"'s era saudita. Dizia ainda que os EUA têm vindo a reduzir esta dependência, e falava do contingente militar americano lá estacionado. Dias depois, cai o Saddam (para onde é uma questão que muitos se colocarão). Dias depois, o tal contingente militar sai do Iraque e vai para o Qatar. Dias depois, atentado em Ryad onde morrem 30 e tal pessoas e 8 americanos (30 e tal a contar com os norte-americanos... claro... sem piadas). Hoje, EUA (e outros) anunciam que vão fechar embaixada neste país (temporariamente). Parece tão simples, dada esta sequência, justificar a invasão do Iraque... torná-lo na nova Arábia Saudita.

Estarei ingenuamente enganado?



terça-feira, 20 de maio de 2003



Hoje é só actividade. Uma notícia no site da Discovery diz o seguinte:

Chimpanzees share 99.4 percent of functionally important DNA with humans and belong in our genus, Homo, according to a recent genetic study.
Previous studies put the genetic similarity between humans and chimps at 95 to 99 percent, so the new figure suggests chimps and humans are even more closely related than previously thought.
[...]The researchers then took the DNA data and estimated genetic evolution over time. They determined that humans and chimps shared a common ancestor between 4 and 7 million years ago. That ancestor diverged from gorillas 6 to 7 million years ago.
"Chimps are more like a human than a gorilla," said Goodman. [...] Goodman added, "In terms of culture, social behavior, language and other factors, we share many things in common with chimpanzees."


A BBC acrescenta:
"Humans, or Homo sapiens to give the species its scientific name, are the only living organism in the genus at the moment - although some extinct creatures such as Neanderthals (Homo Neanderthalis) also occupy the same grouping.
[...]Dr Wildman said: "You could say that humans and chimps are as similar to one another as say horses and donkeys.
[...]The Detroit team says its work supports the idea that all living apes should occupy the higher taxonomic grouping Hominidae, and that three species be established under the Homo genus: one would be Homo (Homo) sapiens, or humans; the second would be Homo (Pan) troglodytes, or common chimpanzees, and the third would be Homo (Pan) paniscus, or bonobos. Not all scientists will accept the new classification."


Seja como for. Eu cá o que sei é que gosto de salientar a nossa parecença com estes bichos, especialmente em argumentos sobre a "superioridade Humana".





Ontem fui ver um filme chamado XX/XY ao Cine222. O filme é um sobre relações do passado e reencontros, e tem como tagline a seguinte frase: There's no room for honesty in a healthy relationship.
Saí a pensar que era um bocado revoltante este tipo de moralidade, trocada por uma frase bonita para ilustrar um poster. Depois, pensando melhor no caso, mudei de ideias. A uma escala diferente, muito diferente, daquela em cujo contexto a frase é utilizada no filme, tem um pouco de verdade.





Não me consigo conter. Já leio o Diário Digital há uns anos, e desde que me lembro que tenho a infelicidade um Sr Luis Delgado escrever para este diário. Deixo uma amostra recente:

"[texto sobre problemas internos de Schroeder, na Alemanha] É uma ironia da História quando comparado com Blair. O PM britânico esteve para se demitir com a revolta dos seus deputados e ministros por causa da guerra no Iraque, que teve uma feroz oposição da Alemanha, mas hoje Blair é um herói nacional, elogiado por todos. Schroeder também pode ter o fim que Blair receava, mas por razões internas e mais humilhantes. Um venceu porque mostrou coragem no momento mais difícil e dramático, e foi até ao fim, e o outro afunda-se numa economia caótica, recessiva, e sem soluções à vista. É a vida."

Caso para comentar: e o que tem o cú a ver com as calças? o que têm a ver os problemas do Sr. Schroeder do "heroísmo nacional" do Sr. Blair? Que o Sr. Luis Delgado tenha sido um fervoroso adepto da invasão do Iraque (mais papista que o papa, por exemplo, ao afirmar que se tinham descoberto armas de destruição massiça) é uma coisa. Que escreva tonterias destas, sem nexo, numa coluna pública e com a responsabilidade que tem, é insultuoso.

Este gajo revolta-me.



quinta-feira, 15 de maio de 2003



Não podia vir mais a propósito. Ainda agora falei do Rubem Fonseca, e vem o rapaz e tumba, recebe o prémio Camões:

Roubado descaradamente do Globo:

O mais recluso dos escritores brasileiros, Rubem Fonseca foi premiado, ontem, com a mais disputada láurea concedida a um autor de língua portuguesa: o Prêmio Luís de Camões, concedido anualmente pelos governos de Brasil e Portugal. O anúncio foi feito ontem, em cerimônia na Biblioteca Nacional, no Rio, mas o cheque de US$ 100 mil, valor do prêmio, só será entregue em data ainda a ser anunciada, porém já cercada de expectativa: o celebrado autor dos contos de “Feliz Ano Novo”, “Os prisioneiros” e “Lúcia McCartney” e dos romances “A grande arte”, “Bufo & Sapallanzani” e “Agosto” não aparece em solenidades, odeia ser fotografado, não dá entrevistas e costuma dizer que tudo o que tem a dizer está em seus livros.

Segundo Heloísa Buarque de Hollanda, a escolha de Rubem Fonseca foi muito rápida, porque seu nome foi proposto pelos portugueses com a aprovação do angolano e do moçambicano. Os brasileiros só precisaram referendar. “Tínhamos alguns nomes na cabeça, mas foi lindo que a indicação tivesse partido dos portugueses”, disse ela.


E muito bem propuseram "os portugueses".



domingo, 11 de maio de 2003



O Diário Digital, felizmente agora já sem ter o Luis-Delgado-Direita-Burra como editor, surpreendeu-me com a seguinte notícia:

Novo reality show vai pôr animais contra homens
A estação televisiva britânica ITV vai pôr no ar, no início da próxima temporada (Setembro), um novo reality show no qual se vão degladiar homens e animais. A produção de um episódio-piloto do programa «Man vs. Beast», algo como «Homem contra Fera», foi já encomendada à Granada TV.

E depois no final diz assim:
Outros exemplos são o desafio entre um urso pardo e o campeão mundial de ingestão de cachorros quentes, a fim de comprovar qual o mais rápido consumidor das referidas sanduíches.

"Campeão Mundial da Ingestão de Cachorros Quentes"?!?! Quem é o animal, afinal?



domingo, 4 de maio de 2003



Este passado sábado estive no Fórum BD Lisboa, onde assisti a uma pequena conferência com a presença do Neil Gaiman, autor de bandas desenhadas como o Sandman, e de livros como o "Neverwhere". É de longa data o meu escritor favorito para banda desenhada, partilhando o pódio com o deus supremo, o Bilal. Deu uma conferência pequena, de 1h, em que me emocionei por 3x (isto de ser cromo), e a seguir mostraram uma curta-metragem realizada e escrita pelo dito Gaiman. Terminou com uma sessão de autógrafos, onde fui obter o carimbo do dito (isto de ser cromo). No Sandman #1 escreveu o que deve ter escrito em todos: "Bons sonhos", em tuguês de gema.

E quando na conferência falou do "Endless Nights", nova BD sobre os "Endless" em que a personagem Desire vai ser desenhada pelo Milo Manara, flipei. Confesso. Flipei.



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