quarta-feira, 30 de julho de 2003



Blade Runner
O problema do Deckard

(yep, este é um daqueles posts obscuros)





Se não fosses tu, a net estava vazia, a esta hora.



terça-feira, 29 de julho de 2003



Mas aquilo de que andava à procura era isto:

If you can’t be good, be careful. -early 20th; the Latin form Si non caste tamen caute is found from the mid 11th century.

A forma em latim é (curiosamente) ligeiramente diferente, se se fizer a tradução inversa:

Si non caste, tamen caute - If not chastely, at least cautiously.





Não conheço a música, e para falar a verdade nem quero conhecer. Gostei da letra.

Veio daqui.

If You Can't Be Good

you slap expectation in the face
make a date with questionable taste
write eternity a dear john note
stick your tongue into jealousy's throat
you handcuff matrimony's wrists
add indiscretion to your list
slip a hand between temptation's thighs
as you unzip flirtation's flies
and if you can't be good
be beautiful, be brash
if you can't be good
be radical, be rash
be insolent, inspired
be decadent, desired
be everything I knew you would
if you can't be good
you say you need a little space
so you take innocence back to your place
inhibition has to hide its head
fidelity lies bleeding on the bed
indecision's blowing hot and cold
disobedience does as it is told
you look shyness in the eye as you undress
and hold a thousand white lies to your breast
and if you can't be good
be magical, be mean
if you can't be good
be shameless, be obscene
be passionate, possessed
be obstinate, obsessed
be everything I knew you would
if you can't be good





Não sei se andei anos enganado, se os anos andaram enganados por mim. A palavra "estória", que eu julgava apenas existir no português do Brasil, afinal existe no português de Portugal. Tive durante anos a impressão inversa, convencido também por posts severos no ciberdúvidas, como o seguinte:

No português medieval, escrevia-se historia, estoria, istoria, assim como homem, omé, omee (com til no 1.º e), ome. Compreende-se, porque a ortografia ainda não estava fixada.

No Brasil, talvez por influência do inglês «story» (conto, novela, lenda, fábula, anedota, etc.) e «history» (narração metódica dos factos notáveis ocorridos na vida dos povos), começaram a empregar o português antigo estória para significar o mesmo que o inglês «story». É uma palermice, porque, até agora, nunca confundimos os vários significados de história. O contexto e a situação têm sido mais que suficientes para distinguirmos os vários significados. A estória só vem confundir as pessoas.

Seria ridículo começarmos, por exemplo, a empregar homem para indicar o ser humano em geral, isto é, a espécie humana, a humanidade; e omem, para designar qualquer ser humano do sexo masculino, como por exemplo em «aquele omem que está ali», «o omem (= marido) da Joana», «sanitários para omens», etc.

Alguém teria cara para abraçar esta ridicularia? Mas têm-na para escrever história e estória.

Sigamos o nosso Camões, que escreveu histórias na estância 39 do Canto VI de Os Lusíadas:

«Remédios contra o sono buscar querem / Histórias contam casos mil referem».


Este texto está aqui.

Outros posts e sao mais suaves, como este:

Quanto à questão colocada, estória é uma palavra vinda do Brasil. Note-se, era assim que se grafava no século XV. Só depois veio história. Um brasileiro lembrou-se de grafar história, quando se tratava de "ciência histórica" e de grafar estória para significar "narrativa de ficção", "conto popular", etc. Mas os dicionários brasileiros aconselham a que se escreva sempre história, embora se aceite a liberdade jornalística da distinção de um e outro conceitos.

Pois bem: mas seja o que for que os dicionários brasileiros digam, a infopedia diz isto:

estória,
substantivo feminino
história de carácter ficcional ou popular; conto; narração curta;
(De história, ou do ing. story, «id»)


E isto para mim resolve a disputa. É estúpido ficar-se contente com uma questão destas, mas frustrava-me não poder usar a palavra.



domingo, 27 de julho de 2003



Música é fixe. Quem não gosta, para parafrasear um amigo, é tótó. Viva o Festival de Musica do Mundo de Sines, e o Festival das Musicas do Mundo Cigano. Vivam muito os Besh O Drom, vivam a Cesária Évora, Camané, Kad Achouri, Skatalites, e vivam pouco os Kronos "música de compositor mexicano" Quartet.

Bom, não lhes estou a querer mal. O vivam é no sentido de comemorar ou não.

Há uns anos atrás uma pessoa que conheço, num conflito de trânsito, atirou à pessoa com quem estava a discutir (sobre algo importante, tipo o lugar de estacionamento): "já deve anos à cova!!!".

É bonita, a vida civilizada em sociedade (e é um insulto original, também).



sexta-feira, 25 de julho de 2003



Segundo uma notícia da Cyberatlas, existem em Junho de 2003 cerca de 3,5 milhões de weblogs, dos quais 1,6 milhões activos.

Por outro lado, e isto é realmente interessante, segundo uma outra estatística, a língua mais representada é o inglês (350k blogs), seguindo-se... o português (54k), o polaco (42k). O francês aparece em 5º com 10k blogs, a seguir o espanhol, alemão, italiano, holandês e islandês (cada uma destas com menos de 10k weblogs).

Fiquei surpreso pelo segundo lugar. Seremos verbosos?



quinta-feira, 24 de julho de 2003



ilusão - clicar para ver versão ampliada Uma ilusão de óptica absolutamente inacreditável (clicar para ver versão ampliada).
Tive de abrir o photoshop e ver os RGB's para ter a certeza. E o RGB não mente, tal como o teste do algodão (é: #6B6B6B, por curiosidade).

Está aqui a explicação e aqui outras ilusões da mesma fonte.



quarta-feira, 23 de julho de 2003



Bolas, que site estranho. O site oficial do Requiem for a Dream.



terça-feira, 22 de julho de 2003



Exploding DogA ideia é simples. Pegar em frases recebidas por email, e fazer um desenho que as ilustre.
O estilo é sempre o mesmo, e os bonecos são singelos e por vezes muito, muito bonitos.
Isto de se ser sensível é uma porra. :-)
É o Exploding Dog

Alguns exemplos fixes:
how do i always wake up here?
it's been so long since i last saw you
you're cute



segunda-feira, 21 de julho de 2003



Segundo uma notícia do Clix, os espectáculos do Circo da Lua foram cancelados por falta de público... É triste, para um espectáculo realmente bonito:

Infelizmente, o que foi o teatro circense de excepção no panorama nacional das novas artes performativas, o novo circo LUA!, foi forçado a terminar mais cedo a sessão de espectáculos. A “aposta foi ganha”, mas porque a maior parte dos portugueses se encontram de férias, torna-se difícil manter um espectáculo desta dimensão quando não existe público suficiente. O Circo da Lua pensa “voltar” com uma nova sessão de espectáculos, talvez uma digressão...Quando?...Talvez para breve...

Tentei falar a vários amigos para irem ver este espectáculo. Em todos os casos tive de vencer a resistência do sentimento que geralmente está associado à palavra "Circo". Se para as crianças parece ter ainda um significado mágico, para os adultos parece estar associado a animais esquálidos e maltratados, a números de glamour com meias esburacadas, a palhaços ricos e pobres sem piada, etc. Imagens deprimentes que possivelmente terão tb ajudado a manter as pessoas longe do Circo da Lua.
Quando contei que os espectáculos tinham sido cancelados, o comentário foi rápido: "é chato quando isso acontece... os animais, etc."...



sábado, 19 de julho de 2003



Poster LoykoFui a Águeda ver e ouvir um concerto de uns ciganos russos chamados Loyko. 2 violinos, uma viola(?), e uma moça de olhos negros a cantar. Conheci-os por ter em tempos encontrado por acaso um CD deles na fnac, e fiquei de imediato fascinado. O concerto não ficou atrás, tendo sido à altura das minhas [elevadas] expectativas. Tirei 2 rolos de fotografias, a p&b, bem perto do palco. não espero nada do outro mundo, mas logo se verá. Valeu a pena a viagem e o concerto, que só pecou por não ter durado mais... sei lá, 2h? :-)

Cesária ÉvoraTb vi um concerto da Cesária Évora no Monsanto. À borla. ;-) Já a tinha ouvido 2 ou 3x, no Coliseu e na Expo. Já liguei mais a música cabo-verdeana que agora. Na altura em que vi esses primeiros concertos fiquei com alguma antipatia pela "diva", pela "altivez" (?) com que dava os espectáculos. Reconhecer a existência do público parecia já ser demais p ela! Enfim. Certamente uma percepção errada, mas foi o que senti. Ontem, no Monsanto, foi totalmente diferente. Fosse por o concerto ser ao ar livre, com muito mais público negro, o clima criado foi totalmente diferente, e valeu a pena. Em termos músicais fiquei com a percepção que se tinha perdido alguma coisa, mas o clima foi... fixe.

Próximos dois concertos (da minha digressão pessoal por concertos de verão! :-): Besh O Drom em Águeda, na 3ª, e Danças Ocultas em Sines, na 5ª.

O nosso país é mesmo pequenino.



sábado, 12 de julho de 2003



Circo da Lua"Não posso perdoar. Posso esquecer. E não quero esquecer" (em Amateur, de Hal Hartley, uma frase feita)

Circo da Lua: muito fixe. www.circodalua.com. Na Praça Sony até 3 de Agosto, o espectáculo chama-se... "Lua". Recomendo vivamente. De corpialma. Tem muita piada, e apesar de começar "lento", bom, a mim roubou-me uma ou outra lágrimas de riso e alegria.



quarta-feira, 9 de julho de 2003



Ela parecia feliz.



quarta-feira, 2 de julho de 2003



Hoje no Porto fui almoçar a um restaurante de "comida rápida caseira", no Norte Shopping. Do sítio onde me sentei, com vista para a cozinha, pude observar um trabalho que, nada tendo de desmeritório, tem um nome bonito: estreladeira d'ovos. Uma pessoa cujo trabalho era única e exclusivamente estrelar ovos para os vários pratos que iam saindo. Curioso.



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