terça-feira, 24 de fevereiro de 2004



esqueci-me de dizer q vim de férias.

estou a escrever daquela cidade que tem nome de banco (raios partam). comecei pela Galiza, Santiago Coruña Lugo, depois as Astúrias, Oviedo qq de Onis Picos da Europa. E hoje Cantábria, com a cidadecomnomedebanco. Amanha ainda vou a santillana del mar e ao museu das grutas de altamira, e o regresso está marcado para depois da etapa final no país basco (bilbao e san sebastian aka donostia).

um homem, um carro (quais carro?!? um POLO!!!), e uma quantidade manifestamente insuficiente de cd's para ouvir.

ps- a cidade é Santander, e é tao stressante q efectivamente tenho um bloqueio qq qd me tento lembrar do nome dela. n é a 1a vez. raios a partam. da prox vez passo ao largo. :-)



terça-feira, 17 de fevereiro de 2004



DECLARAÇÃO

Acabei de reparar que, nascido em Novembro de 2002, este weblog tem já 1 ano e 2 meses. Uma criança. Passaram por ele poucas aventuras e desventuras, poucas mágoas e dores dolorosas, poucos eventos de grande monta vastamente capazes de mudar a vida de seja quem for. Não houve artigos no Expresso nem citações no Público ou no DN, nem dezenas de links de outros weblogs ou milhares de page views por dia, nem fama generalizada.

Bolas, penso cá para mim.

Assim sendo, e depois de assistir aos óbitos de blogs como o Homem Fumando ou o Pegada na Areia (entre muitas outras baixas da luta sinergética entre a vida e os blogs), decidi que

vou continuar com este blog

...até pelo menos ao dia em que a própria CNN faça uma notícia sobre ele.



segunda-feira, 16 de fevereiro de 2004



Encontrei num blog com textos de historiadores medievais portugueses, o seguinte texto retirado de uma carta da épica. Surpreendentemente actual (a grafia foi actualizada).

«Foi uma longa aventura. consegui entrar em casa porque a porta estava aberta. fui para a porta de casa bater, mas sem sucesso. tentei chamar o meu companheiro, mas já nao estava lá ninguém. Montei o cavalo, e pensei: posso dormir ao relento, na relva, ou ir procurar um quarto para ficar. decidi ser racional. vim para Lisboa, para a zona da Estefânia onde há umas pensões reles. Tentei 2 delas, as mais próximas da Estefânia, e nada, acabei por tentar uma "Novo Mundo", perto do Liceu que um dia talvez venha a ter o nome de Camões.

Tinham uma cama livre, a 25 centavos. Disse que sim. Cheguei, nem lhe descrevo o quarto, deitei rapidamente, pensando que com o cansaço que estava (nas estrelas liam-se 04:30) me iria ser fácil adormecer. Qual quê? a Pensão Novo Mundo é um antro de putas e má vida, e muito barulhento. Desisti. Voltei a vestir-me, pedi os meus reis de volta (que me deram depois de ir mostrar que o quarto estava em condiçoes), e saí.

À porta acabei por ser assaltado por 3 vultos negros que me atacaram com paus, e quando caí na sarjeta, começou a chover.

Acordei de manhã na hospedaria de onde tentara sair, num corredor escuro em tons de verde, com dentes colados com sticky glue.»


Autor anónimo, 1622, Lisboa.





Em 1999 fiz um curso em que um dos professores falou da "União Europeia". Inteligente, levou-nos lá ilustrando de que forma a Europa tem evoluído através dos tempos. Ponto de paragem obrigatório nas duas grandes guerras, e noutros conflitos mais recentes ainda.

A "teoria" dele é que o conceito de Europa Unida, partilhando uma Cultura comum, é uma ilusão. Não existe e nunca existiu. A História só o comprova. Continuando, afirmou que o primeiro grande factor de união cultural europeia, pelo menos a nível da CE, seria a moeda única, e muito concretamente as moedas da moeda única, com as suas diferentes faces.

Isto tudo porque hoje de manhã, ao pagar o café, escolhi de entre um sortido que incluía Portugal (curiosamente, representado por uma moeda de 1c), Espanha, Alemanha, França e Irlanda.



sábado, 14 de fevereiro de 2004



Adenda ao post abaixo (o anterior, mas que está depois):

passei a ser a favor da pena de Morte Lenta e Dolorosa por Colocação em Fosso com Sanguessugas (MLDCFS, para abreviar).





Num mesmo dia, véspera de sexta-feira treze, um polícia raspou-me a tinta da viatura, para depois esta (já raspada por fora) ser raspada no interior por alguém com poucos escrúpulos. Espero que te esgasges (e morras) com os cd do Thierry Robin ou do Boris Kovac, seu f.d.p. duma figa.

:-(



domingo, 8 de fevereiro de 2004



A rua vista do meu escritórioAderi à Lomografia.

O que raio é isto? em primeiro lugar, é um golpe de marketing muito engenhoso. Tipo Yorn. :) Apesar disto, no entanto, a coisa até tem alguma piada.

As Lomos são pequenas máquinas fotográficas de qualidade tudo menos invejável, feitas de plástico, sem visor, e que em alguns modelos dividem o vulgar negativo de 35mm em 4 ou 9 fotos tiradas com algum desfazamento temporal. De fabrico russo, a promoção e divulgação nasceu em Viena.

Toda a promoção e venda das Lomos é efectuada na linha de ser uma máquina divertida e espontânea, barata, de culto, a usar em todo o lado sem grandes preocupações de enquadramento. O importante é fotografar.

O meu primeiro rolo foi uma experiência interessante, e acabou por revelar que por trás de toda a estilosa promoção da marca existe alguma verdade: estava a tirar fotografias, e não fazia PUTO DE IDEIA do que raio ia sair. Acredite-se. Não há visor, tirei fotos a apontar vagamente na direcção do cena que queria fotografar, com a máquina à algura da cintura (o "shoot from the hip"), e... eh pah, a coisa até é divertida, devo confessar. Como se diminuem as barreiras/exigências de qualidade ("isto tem de ficar bem, ai a exposição e o enquadramento"), tira-se mt mais e saem coisas engraçadas. O facto de ser suposto ter a câmera ou o objecto fotografado em movimento tb tem piada. Saem coisas bem engraçadas.

Comprei uma SuperSampler. Compram-se em Lisboa na Embaixada Lomográfica por 55€ (não vale a pena encomendar na Net). O site oficial é o nexus global dos lomógrafos.

Ps- quer isto dizer que apesar de a lomografia ser muito IN, estou a "curtir bué" [1]. :-)


[1] "Bué", by CiberDúvidas: «A origem é angolana e já pertence à coloquialidade de estratos alargados da população mais jovem portuguesa de zonas suburbanas. É nestas áreas que se cruzam as maiores influências étnico-culturais das comunidades africanas residentes na área de Lisboa, em particular. Bué é um calão luandense, que tem o significado do "beaucoup" francês, "muito de": bué de charros, bué de confusão, bué de preconceitos. Tudo o resto (incluindo a variante "boé") são corruptelas derivadas de uma apropriação crescente da linguagem popular portuguesa.» O raio da palavra até vem no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências, bem como na edição mais recente do Dicionário da Língua Portuguesa 2003 da Porto Editora (segundo a mesma fonte). Fosgass.





Taxa de Circulação Pedestre (e ninguém protesta?!?!!?)

Um dos nossos partidos de esquerda (confesso que não sei se o Bloco de Esquerda se a CDU) tem cartazes na rua aludindo à possiblidade de, em breve, o governo começar a taxar o AR. O que toda a gente parece não reparar é na introdução, no passado mês de Janeiro, da Taxa de Circulação Pedestre, destinada a cobrir os custos associados a esta actividade. Depois de efectuado um estudo por uma das nossas mais reputadas universidades (!!), optou-se por cobrar uma Taxa Fixa (em alternativa a cobrar portagens à entrada de locais de grande circulação - como o Rossio, Rua Augusta, Sta Catarina, etc.) a todos os cidadãos pedestres, com valores diferenciados apenas conforme a utilização frequente de veículos automóveis. Desta forma, "um agregado familiar possuindo uma viatura será taxada no valor de 1,4x o valor individual por contribuinte", levando em conta o facto de o andar-se de automóvel diminui a circulação pedestre. Estes montantes serão acrescentados aos da actual retenção na fonte de IRS, para trabalhadores por conta de outrém, p.ex.


Chateia-me, chateia-me bastante, que decretos-lei como estes, produzidos na inventiva mente da nossa Ferreirinha, passem completamente despercebidos à sombra de eventos como as tricas futebolísticas verde-azuladas, e que nenhum partido da oposição comente estes disparates obtusos do nosso estimado governo!!!
Pior! Um destes dias ainda nos obrigam a andar com o "selo do seguro" preso ao peito, ou a pagar "Imposto do Calçado" consoante a área de sola do mesmo!!!!

Fosgass, vou emigrar.



quarta-feira, 4 de fevereiro de 2004



Daqui: «Working with co-workers who are all of the opposite sex increases the divorce rate by a staggering 70%, reveals the seven-year study, compared to working in an office filled with employees who are all of the same sex.»

Internet responsável por um em dez divórcios no Reino Unido:
[...]De acordo com o estudo, em causa está, sobretudo, a procura constante de pornografia on-line, num altura em que 30% de todo o tráfego na Internet tem a ver, precisamente, com pornografia.
As conclusões obtidas pela Relate vêm confirmar igualmente que a Internet destronou a televisão como pomo de discórdia entre os casais, com a culpa para o fim dos casamento a poder ser atribuída também às salas de conversação, onde muitas das amizades que se fazem acabam por redundar em relações amorosas.


Diz-se também que 50% dos homens até aos 40 anos já tiveram relações extra-conjugais, com a percentagem feminina a subir.



Há alguma coisa que se afunda, mas n sei bem o quê. Tenho a ideia, agora, que esta coisa de amar e se estar apaixonado se calhar """vale""", objectivamente, menos do que se pensa. Imagina-se que se conhecem pessoas (do sexo """oposto"""), em série. Quantas é preciso conhecer para encontrar alguém por quem se dá alguma coisa em termos de possibilidade de relacionamento?



terça-feira, 3 de fevereiro de 2004



Segundo o DD de hoje

Bárbara Lopes já é mãe
O bebé de Bárbara Lopes e de Manuel Maria Silva nasceu na sexta-feira, em Lisboa, anunciou a telefonista em comunicado divulgado pelo gabinete de comunicação da TMN



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