segunda-feira, 25 de outubro de 2004



Boas noites a quem vive +/-12h...

... boas noites ouvintes. O tempo para hoje afigura-se frio, mas sem vento, com possibilidade de aguaceiros durante a noite. O céu estará geralmente limpo, com possibilidade de observação esporádica de estrelas na zona do interior.

Trânsito: Tal como de costume, não existe qualquer congestionamento, nem nas A's nem nas Scuts e ex-scuts em qualquer zona do país. Os taxis concentram-se nos locais habituais.

Na alimentação, destaca-se o final da 2ª circular, onde além do BK poderemos encontrar 2 carrinhas de cachorros extra (hoje a 2€). Hoje não há fiscalização de aceleras.

Espera-se uma noite calma, propícia à produtividade. Perto do amanhecer, espera-se o costumeiro aquecimento diurno com trovoadas e céu cinzendo. Boas alturas para ficar na cama.

E agora, vamos à música...




domingo, 17 de outubro de 2004



Conan, o Rapaz do Futuro
«No ano de 2008 rebentou a Terceira Guerra Mundial, e de forma imprudente as nações beligerantes abusaram de armas magnéticas, muito mais potentes do que as armas neutras.

Como consequência, terra e mar foram destruídos e o eixo foi torcido. A terra foi subitamente confrontada com uma catástrofe inesperada.»

Acabei de ver 9 episódios non-stop. Sinto pouco flashback, lembro-me de quase nada, é quase como ver pela primeira vez. E é tão porreiro...

Parece que ficou bem marcado, no crescer, um conjunto de referências, por vezes escondidas bem fundo, mas que acabam por juntar pessoas "da mesma geração". Recentemente ouvi a música do "Era uma vez o Espaço", e quase delirei. É uma música "feel good" («lá em ciiima / há planícies sem fim»), não consigo explicar. E o Jacky, o Urso de Tallac, que tenho ali dentro num 45 rotações cheio de pó, quase me traz lágrimas aos olhos.

Que raio de cena.



sexta-feira, 8 de outubro de 2004



IndieLisboa 2004

Hungria, Islândia, República Checa, Argentina, Estados Unidos, Áustria, Itália, Japão.

Dezenas de curtas metragens.

Geniuzastare, Zero em Comportamento @ Cine 222, IndieLisboa @ São Jorge a precisar de renovação.

feliz. dá-me um prazer imenso, ver filmes como estes e conhecer sítios como os retratados, e outras formas de ver e estar no mundo, sítios e sentimentos (e emoções, claro).

O maior produtor de cinema do mundo é a Índia. Na Europa são produzidos muito mais filmes que nos EUA, apesar de o mercado ter metade do tamanho. Mais de 70% dos filmes vistos em Portugal e na Europa, são norte-americanos (a percentagem chega a 90% em alguns países). A indústria do entretenimento é uma das 3 maiores dos EUA. Há o quê, 200 países no mundo?

Podia dizer que não compreendo, mas estaria a mentir. (ps: estou disponível p/ ser chamado de snob, pseudo-intelectual, e pretencioso - o email está à esquerda).

Um link e outro link e outro e outro e ainda outro.



quarta-feira, 6 de outubro de 2004



Da mesma névoa que levou D. Sebastião
Quando era miúdo passava as férias de Verão com os meus avós. Moravam no Bairro da Liberdade, a 100 metros dos pilares do Aqueduto das Águas Livres. A casa tem 2 andares e um sótão descoberto, e ainda vivia lá aquando do 25 de Abril. No sótão havia um quarto apenas, com uma cama improvisada e paredes forradas a meninas a vender Pirellis. Fora do quarto e por baixo do telhado, havia teias de aranha e cantos baixos e escuros, de onde tinha medo de me aproximar. Na parte descoberta havia um grande quadrado no chão onde estavam as escadas para o andar inferior, e algumas coelheiras que a minha avó mantinha. Lembro-me de soltar os coelhos no chão e lhes dar ração a comer aos dentes afiados, e de ir com ela onde o aqueduto nasce do Monsanto, buscar erva para os alimentar. Havia pinheiros mansos e um campo enorme onde brincar e apanhar pinhas. Os pinhões, partia-os contra o chão do sótão, com um estranho martelo cilíndrico do meu avô.

O meu avô trabalhava num armazém de peças da Ford Lusitana. De lá ir, recordo-me de enormes estruturas com prateleiras até um tecto muito alto. O armazém do Ikea fez-me lembrar o do meu avô. Ele usava um fato macaco azul, e levava a bucha para o emprego, todos os dias, numa pequena malita.

Nas férias de Verão, os meus avós iam para a terra. Acordávamos de manhã cedo, muito cedo, com um nevoeiro cerradíssimo a cobrir tudo, e subíamos a rua até às escadinhas do chafariz, cujos 3 intermináveis lanços descíamos (seriam 3?). Aí apanhávamos o comboio, primeiro para Braço de Prata (o que há neste nome?), depois para o Entroncamento, e finalmente saída em Albergaria dos Doze. 2 ou 3km depois, chegávamos a casa.

Não havia intercidades, os bancos eram verdes e estavam frequentemente cheios, pessoas com sacos, tropas. Inter-Regionais, Regionais.

Escrevo isto, e o IC em que viajo pára em Pombal, a 20km do meu destino nessas madrugadas de viagem que se prolongavam dia adentro. Juro que é coincidência. Não vou sair aqui.

Só me lembro de madrugadas...



sábado, 2 de outubro de 2004



Ele Vive!!!
Foto Bill WattersonLer um post sobre a carismática Mafalda lembrou-me a reforma de Bill Watterson, autor do Calvin&Hobbes, a 1 de Janeiro de 1996 (ao lado, numa das poucas fotos existentes). Na carta de despedida, escreveu:

"This is not a recent or easy decision, and I leave with some sadness. My interests have shifted, however, and I believe I've done what I can do within the constraints of daily deadlines and small panels. I am eager to work at a more thoughtful pace, with fewer artistic compromises. I have not yet decided on future projects, but my relationship with Universal Press Syndicate will continue."

E desde aí, nada mais se soube dele. Desapareceu. Poof!

Mas...

... mas agora, pode haver mouro na costa. Diz-se por aí à má fila que o secretivo autor pode ter voltado à vida, desta vez ao lápis de um personagem chamado Frazz, sob o pseudónimo de "Jef Mallett". O logro é fenomenal: há quem entreviste esta suposta pessoa, e até arranjaram um actor para a fotografia falsa (...já não se pode confiar no que se lê na web!), mas a semelhança no desenho é demasiado grande. O Frazz parece o Calvin depois de crescido. Veja-se isto! Que mais provas são precisas?

Pior, veja-se a forma absolutamente patética como Jef Mallett afirma ser Jef Mallett e não Bill Watterson:

"I’m not Bill Watterson. Like every other cartoonist out there, I’m pretty far from Bill Watterson. I’m just another working stiff who learned a lot from reading Calvin & Hobbes and doesn’t see a real need to hide that (though I bet I could have avoided more than a few comparisons by giving Frazz a little different hairstyle)."

Pfffff. Quem pensa ele que convence? E só para se ver ao ponto a que chegaram para esconder a identidade de Watterson, basta ver este artigo, com um actor contratado para fazer do inexistente Jef.

Sinceramente, desde Roswell que não assistia a um logro desta dimensão.

(espera... eu acredito em Roswell!)



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