domingo, 20 de fevereiro de 2005



Dia de Eleições no Reino
Fui votar ainda de manhã. Um processo digno e bem organizado, desmerecido pelo seu objecto.
Pela primeira vez desde que voto, senti uma verdadeira hesitação sobre a quadrícula em que devia colocar o meu X. Decidi por magnetismo terrestre, com o boletim numa mão e a esferográfica na outra.
Hoje à noite, todos os partidos vão vencer, num mundo autista e iludido de cegar quem os ouve. Em vez de comentadores de renome na praça, bem que podiam fazer uma Bancada Central, tal a displicência com que tratam (tratarão) o meu hesitante X.

Li no Portugal Diário um artigo sobre o desinteresse da juventude sobre política. Uma das medidas propostas pelas jotas para o combater era permitir o voto pela Internet, de qualquer ponto do país. Mas isto não é o verdadeiro problema: a abstenção até podia ser de 90%, por mim, se estes 10 milhões de pessoas soubessem que o país estava em boas mãos. Ou estou errado?
Apela-se também com frequência ao envolvimento dos jovens na vida política. Não sei bem de que estão a falar. Aos acompanhantes das campanhas, pagos para agitar bandeiras e passear de carro com altifalantes pelas terreolas todas. Conheço quem se tenha envolvido, e a participação política (entusiástica) que me descreveu, até hoje, foi entregar panfletos eleitorais à saídas do metro. É isto, o envolvimento na vida política?

Não sou radical, muito longe disso. Mas gostava que as coisas fossem feitas como deve de ser, e que os meninos dos poleiros pensassem no país e em quem vota. Nem que fosse só para variar.



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