sexta-feira, 9 de janeiro de 2009



Agora Que Te Conheço…

… tudo mudou. nada podia ficar na mesma, nunca nada fica na mesma. o observador altera o objecto observado, pelo simples facto de estar de olhos abertos, ali estacado, de olhos fixos em ti e a procurar os teus. quando respondem, num rodar de cabeça em que todo o fundo está desfocado, parece que o brilho te entra por dentro e o corpo sofre um choque bzzzzt eléctrico…

… o que mudou, perguntas? mudou tanta coisa, com cada pequeno curva da tua maneira de ser, cada vez que te toco ou te beijo, cada vez que sinto a (cliché alert!) curva do teu pescoço, as tuas maneiras, o teu cabelo comprido, até a tua ocasional brusquidão…

… mudou tudo. se antes me sentia atraído, apaixonado, agora sei que o que sinto vai muito além disso, sei que quero que nos partilhemos, nos consumamos um no outro.

quem não quer paixão e uma ‘jola? paixão é ””sofrimento””, em tempos postei aqui a definição para efeitos ilustrativos. é ir na rua e tropeçar perturbado num smiley errado de um sms, é não ganhar o sono, e querer fazer tudo com a outra pobre alma, que nem sabe bem o peso das 16 toneladas que lhe caíram em cima.

não estou nos meus dias mais inspirados. estou só a tentar fazer autosentido. vou tentar redimir-me postando algo de tradicionalmente interessante, como c@nta a laurie anderson. deixai-me pensar.

 

 

calma. eu vou lá.

 

 

só mais um minuto.

 

 

estou com blogger’s block. não tarda faço uma piada fácil sobre o quotidiano, provavelmente envolvendo políticos.

 

 

não. nem isso.

 

 

 

(mas eles mereciam)

 

 

vou ter de citar a minha irmã. no sms mais brilhante que escreveu desde que nasceu, disse-me há uns anos: “A mãe é mais dramas. Chama-a de dramática e culpa-a de seres sub-urbano depressivo.” O que eu ri ao ler isto empalideceria os Monty Python e mesmo Archie Bunker.

 

 

E mesmo apesar deste momento musicalmente cómico, ambos sabemos. Que agora que te conheço, tudo mudou. mudou tudo, amor.



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