quinta-feira, 6 de agosto de 2009



Binómio Fantástico

Alice adormeceu cedo, como de costume. Aninhada nos lençóis frescos de Verão. Entorpecida, os sonhos bateram-lhe à porta, e deixou-os entrar. Prmeiro os amigos e o recreio da Escola, a festa de aniversário, os dois peixes doirados com quem tinha longos diálogos. O último a entrar foi o maior do todos, com pompa alegre, Rufas O Cão. De pelo castanho, boca grande e olhos meigos, a língua pendurada e o rabo a abanar. Imaginou-se a brincar no jardim, na praia, era tudo o que podia querer.

À medida que foi ficando cansada de tanto sonhar, pensou em fazer um desenho do Rufas. Assim, ao acordar, teria consigo a imagem para levar no sonho seguinte.

Despertou com o sol a espreitar pelos estores, um olho de cada vez, a espreguiçar-se nos lençóis para onde estava a voltar, estremunhada. Lembrava-se vagamente de ter sonhado, e sentia-se mais cansada do que na véspera. Estranho.

Foi aí que viu, com surpresa, o seu Rufas pintado de fresco na porta do armário, e se lembrou de tudo.

 

 

A ideia aqui foi partir de duas palavras (no caso, cão e armário), e pensar em várias frases em brainstorm que as usassem. Depois, cada um escolheu uma frase e escreveu um texto à sua volta. A minha escolhida foi: “O cão pintado na porta do armário”). Bastam duas palavras para construir uma estória.



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