sábado, 29 de agosto de 2009



The mo[u]rning is over (versão 17)

É tudo o que se me apraz dizer. Já comecei esta posta umas dezassete vezes, e em todas elas – menos esta – apaguei o texto e recomecei de uma forma completamente diferente.

Uma amiga perguntou-me ontem ao jantar se era mais difícil escrever quando se está triste ou quando se está alegre. A resposta, no meu caso, está bem clara no primeiro parágrafo deste texto. Parece que o tormento nos faz querer deitar tudo cá para fora, e quando já não há nada mais para deitar, quando acaba a dose e voltamos ao nosso normal, é como uma luz que se apaga quando saímos de uma sala.

É como nas notícias modernas, afinal. Só interessam se tiverem desgraças e maleitas, de preferência distantes e do outro lado do planeta, mas se forem cá dentro podemos cantar “só neste país”.

Mas desengana-te. Se pensas que vou deixar agora assim de repentemente de postar e de escrever. As palavras são MINHAS. TODAS minhas. E vou usá-las e gastá-las e dar-lhes o pino.

Aliás, por isso é que discordo do acordo ortográfico. Se as palavras são minhas, porque raios não me consultaram? Está mal.

Pode ser que passe a escrever outro tipo de coisas. Como d’antigamente. Não quero voltar a isso, no entanto. Postas de “o que me aconteceu” só são permitidas esporadicamente. Quero continuar a inventar, agora que a manhã passou, a tarde vai ser muito mais longa.

As minhas tardes são sempre muito mais longas que as manhãs.

Queria contar-te acerca do Romeu. Agora não vou conseguir, porque me espera uma esplanadinha e o encerramento da caracol season, mas logo à noite conto-te a história do Romeu. Queres?



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