Ali Farka Touré é Deus
Há alguns espectáculos que recordo de forma especial, pelo que senti e representaram para mim. Nestes incluem-se uma distante Maria João e Mário Laginha no São Luiz, os Kroke no Seixal, a Lhasa em vários sítios, e agora o Ali Farka Touré no Monsanto.
Para quem não o conhece, AFT é do Mali, e é um Deus da Música. O Mali é uma meca músical em África, se calhar à semelhança de Cabo Verde. De lá vêem muitos nomes, como Salif Keita e Rokia Traoré (que já estiveram em Portugal), e outros como Oumou Sangare, Boubacar Traoré, Tinariwen, Afel Bocoum, e muitos outros. Para quem tiver curiosidade, há mais Mali em Sines no próximo fim-de-semana: Amadou & Mariam.
Se alguém quiser começar a explorar, esta é uma boa porta de entrada: Talking Timbuktu, de Ali Farka Touré e Ry Cooder. De 1994, e com o mesmo Ry Cooder que trouxe os Buena Vista Social Club para as luzes da ribalta.
Em relação ao concerto de ontem à noite, só posso comentar mesmo a sensação de ter vivido e sentido um momento único, perante a genialidade daquela música, que se sente nos ossos e no corpo todo. Bastaram uns acordes, e aquelas cordinhas e ritmos blues semearam o caos e deixaram-me absolutamente rendido. Inesquecível, tal como previa.
Quem quer ir ao próximo Festival du Désert, Janeiro 2006 em Timbuktu? (este foi o de 2004)
insensatamente
sábado, 23 de julho de 2005
segunda-feira, 18 de julho de 2005
De há uns anos para cá que ia a todas as novas produções do Ballet Gulbenkian. A última vez que fui, em Março, vi uma coreografia extraordinária: La Sacre du Printemps, de Marie Chouinard, das melhores que jamais vi. Um espanto.
Isto que está a acontecer/aconteceu, é uma perda que considero inqualificável.
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