domingo, 30 de dezembro de 2007



agora com o zune

tenho ouvido vários podcasts, de audio e vídeo. além dos dedicados a temas tecnológicos, a minha selecção vai geralmente para tópicos relacionados com ciência ou com criatividade. ideias estimulantes (que é o que interessa). além disso, estou a ler o "god delusion" do dawkings. tudo junto, agora:

- recentemente soube-se que os chimpanzés são mais rápidos que os humanos, sejam crianças ou adultos, num exercício de memorização de localização e sequências de números. não são só mais rápidos, como assombradamente mais rápidos. do género de não deixar qualquer dúvida. o carl sagan, num dos livros dele, diz que os chimpanzés são superiores aos humanos com até 2 anos de idade, em todos os aspectos. a não esquecer: apesar da semelhança entre homo sapiens sapiens e os chimpanzés, o hss não é uma "versão mais avançada" dos chimps. estes últimos não pararam de evoluir, nos últimos milhares de anos, tal como nós. não é se calhar surpreendente que esta evolução paralela os permita superarem-nos em vários aspectos.

não sou hss-cêntrico.

- o livro do dawkings é um tomo anti-religião, pro-ciência. analisa ar-gu-men-to-por-ar-gu-men-to o que se diz pela existência de deus, e destroi cada um desses argumentos. sou ateu, e li vários outros livros dele, pelo que as palavras dele fazem muito sentido para mim. não vou entrar nos argumentos, queria falar doutra coisa. a páginas tantas, o dawkings cita um cientista (reeves?) que reduziu o número de constantes da física/química a 6. os valores destas 6 constantes são o que faz com o que o nosso universo tenha a "forma" que tem hoje. lembro-me de em Física I, na universidade, se ter falado deste mesmo assunto. se calhar por estes dias já se encontrou uma relação entre algumas destas 6, e são já só 5. ou 4, ou 3, ou 2, ou uma, ou nenhuma. se calhar existem universos paralelos. se calhar, o universo só podia ser como é, por alguma questão homeostática de coração matemático.

certamente não me expliquei bem e não fui claro, mas o assunto é ainda assim absolutamente fascinante. quem precisa de um deus (ou mais), quando se tem isto?

também vi uns vídeos do TED.com com o dawkings. ele repete um dos argumentos do livro: a diferença entre um ateu e, por exemplo, um cristão... é UM deus. o cristão é ateu sobre todos os outros deuses, só acredita num, o seu próprio. o ateu,... foi apenas um deus mais longe. é hilariante. :-)

- também vi um vídeo sobre o "slow movement". o slow food é o mais conhecido, mas há o slow cities, e um movimento mais global para, em geral, viver uma vida mais lenta. é muito fácil de vender esta ideia, de facto. as nossas vidas são um zumzumzum de correria, e o tempo parece que nunca chega para nada. nem há tempo para pensar. ficar parado a pensar. tenta. agora, sim. vamos, eu espero (não tenciono ir a lado nenhum, afinal). para durante 2 minutos e fica parado(a) a olhar para a parede, só a pensar.

já está? se fores como eu, ou não conseguiste, ou tentaste ocupar o tempo de alguma forma, ou pensaste que é uma tolice, ou fizeste um "alt-tab" para ir fazer qualquer outra coisa durante 2 minutos, ou sentiste simplesmente estar a perder tempo. bom, mas pensa nisso, quando tiveres tempo. se calhar andar depressa não nos leva mais rápido a lado nenhum.

(tenho de ver se """perco""" algum tempo a pensar nisto, e ver como trago isto para a minha vida. gostava de não trabalhar um dia por semana, também, mesmo ganhando menos).

- se apenas 1 em cada bilião de planetas tiver vida, há pelo menos 1 bilião de planetas no universo com vida.

o que é vida, seja como for? a wikipedia tem uma sugestão.

Life is a condition that distinguishes organisms from inorganic objects, i.e. non-life, and dead organisms, being manifested by growth through metabolism, reproduction, and the power of adaptation to environment through changes originating internally. A physical characteristic of life is that it feeds on negative entropy.[1][2] In more detail, according to physicists such as John Bernal, Erwin Schrödinger, Wigner, and John Avery, life is a member of the class of phenomena which are open or continuous systems able to decrease their internal entropy at the expense of substances or free energy taken in from the environment and subsequently rejected in a degraded form (see: entropy and life).[3][4]

A diverse array of living organisms can be found in the biosphere on Earth. Properties common to these organisms—plants, animals, fungi, protists, archaea and bacteria—are a carbon- and water-based cellular form with complex organization and heritable genetic information. They undergo metabolism, possess a capacity to grow, respond to stimuli, reproduce and, through natural selection, adapt to their environment in successive generations.

An entity with the above properties is considered to be a living organism, that is an organism that is alive hence can be called a life form. However, not every definition of life considers all of these properties to be essential. For example, the capacity for descent with modification is often taken as the only essential property of life. This definition notably includes viruses, which do not qualify under narrower definitions as they are acellular and do not metabolise. Broader definitions of life may also include theoretical non-carbon-based life and other alternative biology. Some forms of artificial life, however, especially wet artificial life, might alternatively be classified as real life.

[...]

- Diz o wittgenstein a um amigo: "porque é que se julgava que o sol rodava em torno do sol?" "ora, é óbvio: porque olhando para o céu, parece que o sol roda em torno da terra!!" "mmm... então, o que teria de se ver para parecer que era a terra a rodar em volta do sol?"

(retórico)

- tb vi uma apresentação do TED com o Ze Frank, um dipo que desconhecia por completo, mas que pelos vistos é uma netpersonalidade.

- e finalmente, a apresentação que gostei mais do TED, de todas as que vi (e há muitas muito boas), foi esta:

Sir Ken Robinson: Do schools kill creativity?

Sir Ken Robinson makes an entertaining (and profoundly moving) case for creating an education system that nurtures creativity, rather than undermining it. With ample anecdotes and witty asides, Robinson points out the many ways our schools fail to recognize -- much less cultivate -- the talents of many brilliant people. "We are educating people out of their creativity," Robinson says. The universality of his message is evidenced by its rampant popularity online. A typical review: "If you have not yet seen Sir Ken Robinson's TED talk, please stop whatever you're doing and watch it now."

A sério. Vejam.



domingo, 25 de novembro de 2007



i feel these wires...

a minha estante novinha em folha chegou há poucos dias atrás. desde que chegou que tenho estado a enchê-la dos livros que até agora têm estado em caixotes. o mundo mudou, agora podem mostrar-se de novo ao mundo, lustrosos, repletos de ideias. apetece-me lê-los quase todos outra vez.

além dos livros, tenho estado também a seleccionar papelada que tinha arquivada. desenterrei centenas de impressões de coisas que tirei da internet entre 92 e 95. de gophers, de sites de ftp anónimo, das primeiras páginas do world-wide-web. percebi que me lembrava de vários destes artigos. sobre os memes do dawkings, sobre a abolição do trabalho, sobre as mailing lists future culture do andy haws e a leri "trip". recordei vários artigos sobre hacking e cifra. vida artificial, biotecnologia, o teste de turing e como enganá-lo, o internet worm que em tempos "mandou abaixo a internet", sobre lógica e formas de argumentar, sobre suicídios e as melhores formas de o realizar, sobre lilith e vampirismo, sobre o philip k. dick, sobre religião e ateísmo, sobre liberdades individuais, inúmeros textos e estórias de ficção de autores sempre desconhecidos, até o nome das máquinas de onde os imprimia: tutor, scallabis, amadeus. textos integrais de filmes, de espectáculos como o do monty python no hollywood bowl, do faq do blade runner (entre outros), como enrolar um charro (!), e muitos outros.

tenho pena de os deitar fora. são como arqueologia de mim mesmo. mas só vou guardar alguns.

percebi que, se calhar, muito do que sou hoje se deve a essa descoberta ocasional da internet, quando queria escrever rm para ver os parâmetros deste comando, em unix, e escrevi rn, acrónimo de read news. descobri os newsgroups, depois o gopher (uma espécie de antecessor do www), depois vieram os primeiros sites, os browsers Mosaic (com o fantástico mundo a rodar) e lynx (modo texto). encontrei textos que tinha esquecido, muitos que não li sequer, mas vários outros recordo quase na perfeição, e tiveram muita influência na formação do meu pensamento e ideias. deixado à solta num novo mundo.

agora com a música a tocar (o random começou no "tá fazendo um ano e meio" do jobim), fui buscar um moscatel, e vou continuar a tarefa.



sexta-feira, 28 de setembro de 2007



Feliz aniversário a mim! :-)

Pois é. Demasiados anos, ao que parece. Estalava os dedos, snappp, e 10 anos a menos. Ai que bom seria. Não me esquecia das coisas outra vez, e tal e tal, o resto. Esqueci-me o que era. O tempo não voa, zarpa a velocidades intersuperduperespaciais, por entre as dimensões do espaço.

E pior que isso, precisávamos de outro lifetime só para rever todo este. E não é um desperdício, perder o tempo que ainda temos a lembrar como foi o que já passou? Mazé olhar para a frente.

O que eu sei é que me apetece mergulhar.

Estive na Irlanda, entre Dublin e Dingle Bay, conduzindo pela esquerda e esmurrando a janela para mudar as mudanças. 8 em 10. :-) Depois Londres, a Metrópole. A rotina do costume. A exposição dos guerreiros de terracota, um dos pontos altos, no British Museum. Uma revisita à Tate Modern. Mas a Saatchi é que domina, e essa não revisitei.

Viagem toda em low-costs amarelos e laranjas, apertados e a pé pela pista. O que importa, se é barato? Há algo de surreal em comprar bilhetes a 1 cêntimo (+ taxas).



terça-feira, 28 de agosto de 2007



Palma Vintage

Jorge Palma - Olá (Cá estamos nós outra vez)



quarta-feira, 15 de agosto de 2007

domingo, 5 de agosto de 2007



Aladino: FRAUDE!

Estava a ler um livro do Orhan Pamuk (The Black Book) quando encontrei uma passagem que me chocou pelo que revelava:

Pelos vistos, a estória de Aladino, das Mil e Uma Noites, não fazia parte das Mil e Uma Noites, tendo sido adicionada pelo tradutor francês, e a partir daí incorporado o texto.

A investigação na net revelou o seguinte na Wikipedia (link):

«No medieval Arabic source has been traced for the tale, which was incorporated into The Book of One Thousand and One Nights by its French translator, Antoine Galland, who heard it from an Arab Syrian Christian storyteller from Aleppo. Galland's diary (March 25, 1709) records that he met the Maronite scholar, by name Youhenna Diab ("Hanna"), who had been brought from Aleppo to Paris, France by Paul Lucas, a celebrated French traveller. Galland's diary also tells that his translation of "Aladdin" was made in the winter of 1709–10. It was included in his volumes ix and x of the Nights, published in 1710.»

Mas o engano não acaba aqui, ohpoisnão! Acredite-se ou não, o Aladino era chinês!!

«Note that although it is considered an Arabic tale either because of its source, or because it was included in The Book of One Thousand and One Nights, the characters in the story are neither Arabs nor Persians, but rather are from "China". The country in the story is however an Islamic country, where most people are Muslims.»

E pior que tudo, era um malandro! Veja-se o texto: «There was [once] in a city of the cities of China a man, a tailor and poor, and he had a son by name Alaeddin, who was perverse and graceless from his earliest childhood.» (link)

Lembro-me de ser gaiato e ter um livro do "Ali Baba e os Quarenta Ladrões", no entanto. Dessa, quase me lembro das ilustrações quando o sésamo se abre. Um lugar secreto e mágico, repleto de perigos.



quinta-feira, 2 de agosto de 2007



Ai Caparica

Já a Costa da Caparica... é uma dor. As praias com pouca areia, muita gente, os bares que acham por bem brindar-nos com um sonzinho brasileiro vários decibéis acima do agradável (porta sim, porta sim), o permanente ar de obras&estacionamento a ferir os olhos (hey? dunas? onde?), aqueles mamarrachos cor-de-rosa mesmo junto à praia, os caixotes a abarrotar de lixo.

A Costa da Caparica, pelo menos no que se refere à parte junto às praias, é um local extremamente desagradável por onde andar, para mim um exemplo daquilo que uma zona balnear/turística NÃO DEVE SER.

Mas claro, quem sou eu?





Ouro no Tejo

Alguns dos minutos da viagem Lisboa-Porto de Comboio valem o seu peso em ouro. Os primeiros, quando a linha vai lado a lado com o Tejo, a poucos metros de distância. Hoje a água estava lisa como não me lembro de a ter visto antes, noutros dias a margem de lá está escondida pela névoa. São 4 ou 5 minutos, mas é uma forma bonita de começar a viagem.

A viagem tem outras três passagens mais interessantes: o rio Mondego, ao passar Coimbra, a praia em Espinho, e as encostas do Porto, ao passar a ponte no Douro.



sexta-feira, 27 de julho de 2007



100% Manhã de Abril

Um amigo de longa data pediu-me para escolher o melhor conto que jamais li. É uma pergunta difícil, mas lembrei-me de imediato de um. Fui procurar aos livros que li este ano, e rapidamente o descobri. O livro chama-se «The Elephant Vanishes», o autor é o Haruki Murakami. O conto chama-se «On seeing the 100% perfect girl one beautiful April morning». É uma pequena história, muito simples, improvável até, mas que me deixou com um grande sorriso nos lábios.

E como a net é omnisciente, encontrei o texto integral online. Aqui, em formato de imprimir e ler, e aqui, em formato ilustrado para ver/ler na net.



domingo, 15 de julho de 2007



Eleições na Capital

Depois de conhecidos os resultados das eleições em Lisboa, esta noite, foi bom - muito, muito bom - ver a reacção do povo Lisboeta, feliz nas ruas, a dançar em rodopios e entoar cânticos de esperança no futuro que está ao redor da esquina. Finalmente, a câmara está em boas mãos. Finalmente, acabaram-se as estorietas foleiras de corrupção, favores, e falta de profissionalismo. Finalmente, alguém em quem podemos confiar, alguém que saberá dar bom uso aos dinheiros públicos, que tem visão e estratégia a longo prazo, e que será capaz de transformar Lisboa numa capital não apenas Portuguesa e Europeia, mas Mundial. Vêem aí os espaços verdes, o controlo de poluição/tráfego/ruído/publicidade, a limpeza dos espaços públicos, a qualidade nos transportes públicos, o apoio às iniciativas culturais, a reaproximação entre as pessoas e a metrópole, a recuperação do património, e tantas outras coisas.

Finalmente, suspira-se de alívio, acredita-se agora, reacredita-se, que chegaram dias melhores, dias de competência e confiança e energia.

E em todas as pessoas da cidade, sem excepção, se via o mesmo sorriso, o mesmo brilho nos olhos. Foi assim.



quinta-feira, 5 de julho de 2007



Lembrei-me agora...

... que se apertar ainda mais a largura da coluna deste blog, vai parecer que escrevo muito mais do que escrevo.

Como já temos todos muito pouco tempo para isto de andar a «bráusar nos sítios da internet» (sic), talvez fosse boa ideia. Toda a estreitar o canal de comunicação. Entre tu e eu, leitor, há umas 20 letras de cada vez. Não há tempo a perder. Clica lá no link e pisga-te pr'outro lado. :-) Boa Biage.





Tenho aqui por casa...

... umas pepitas achocolatadas com interior de grão de café.

Foi a minha irmã que m'as trouxe dos Açores distantes. Não que se não vendam no c/Continente, mas só pra dizer que vêm da antiga e genuína Atlântida Lusa, verde como o sol e calma como uma brisa de verão num dia quente, fresca como o orvalho num dia de inverno, ... (bom, e outras comparações Com Como, o que lhes tira o título de metafóricas).

Seja como for, a mensagem que aqui queria deixar, à laia de post-it eléctro-cibernético, é que estas pepitas de café, que se petiscam distraidamente quais cajus, são uma Bomba de Manter Acordado. A sério. São 22:02 quando vos escrevo, e ainda estou eu aqui de olhi 'squero aberto, e olhi'd'reito aberto, sobrancelha franzida.

Depois desta importante mensagem, queria exprimir uma veemente indignitude. Acho mal ao acordo ortográfico. Acho mal. Não a este, note-se, mas ao outro. O que nos roubou os acentos nos advérbios de modo. Distraídamente inválidos. Só me apetece usar tremas com freqüencia, como vingança deles, tinoni nos semáforos de limusina preta a apitar zuuuum.

Tinha eu começado com pepitas mulatas, e acabo com um círculo de luz recordado na noite, ali em Belém. Belos concertos, os do África Festival. A começar na Mayra e passando pelo Mali.

Oh. Até parece que está aí o Verão.



quarta-feira, 20 de junho de 2007



Espaço, Espaço, Espaço.

Deve ser algo associado ao Homo Sapiens Sapiens. Tem tendências estranhas para crescer e se multiplicar.

E os meus bytes também. Devem ser Bytes Sapies Sapies.

Primeiro comprei um disco de 300gb. "Vai durar-me a vida inteira". Chamei-lhe "Fat Charlie", em homenagem a um personagem de um livro cujo título não vou referir como prova de erudição tácita. Uns 10 meses depois, teve uma irmã, "Baby Jane", do mesmo tamanho (irmãos gémeos). Durou outro tanto. Hoje veio o 3º filho, com 500gb. Destinado a durar quantos meses? Ainda não sei como lhe chamar. Tem um ar mais agressivo que os pais/irmãos, mais tipo cylon. Mas não vou dar um nome não-querido. Na-na-na. Alguém tem sugestões?

Será que os bytes importam mesmo? E eu, importo-me?

E note-se: são tudo bytes legais!



segunda-feira, 18 de junho de 2007



Quais Imperfeitos Qual Carapuça

Quantos rostos veremos durante o nosso tempo de vida?

Quantas pessoas conhecemos, nesse período?

Qual a probabilidade de ver pela segunda vez uma pessoa que se viu antes?

Quantas vezes recordamos o passado, pequenos e felizes memórias? Há mais tempo de memória que de dia-a-dia, a partir de determinado tempo.

Quantos pensamentos pensamos, durante um dia normal?

De que cor são os meus sapatos?

Mmmm. Compreendo o que dizes, aí tu de vermelho e dentes, mas não falamos. Passo de comboio, e tu ficas para láaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa. Ou estou eu parado e passas tu?

Tenho lido muito, ultimamente. Há livros que se agarram e nos agarram a nós. Não se conseguem soltar, nem nós deles. É preciso comê-los, palavra por palavra, capa a contra-capa.

Mas mesmo esses, quanto tempo duram em nós?

Feliz mesmo era quando tinha o Vasco Granja e o Sport  Billy na televisão (quarta-feira de manhã, escondido atrás do sofá). Agora é mais do mesmo, é Attention Deficit Disorder - Adquirida, hem, o que disseste? zuuuum. Esqueci-me. Ups. Deixa-me tomar nota. Notas.

Somos o que fomos, ou somos o que fomos?

A mim, o que me apetece são férias. No Mali e Bamako, no Chile e na Mongólia. E debaixo de água. Claro. Onde é o Norte? e o Sul?



quarta-feira, 6 de junho de 2007



Cordel do Fogo Encantado

Além de terem um nome fantástico, estes senhores brasileiros deram um concerto completamente alucinado de energia o ano passado em Sines. O Luis Rei tem uma entrevista interessante, em 3 partes (um dois três). Mas mais interessante é mesmo ouvir! Genial!



segunda-feira, 4 de junho de 2007



Mais Serralves

Parece que se começa a tornar hábito, estar nas 40 horas de Serralves. Há muitos espectáculos que não são nada de especial, mas outros que valem muito a pena, e o melhor de tudo é o ambiente, o espaço, o parque agradável, dia e noite.

Pronto, admito. O que gosto mesmo é isto de se poder passar lá a noite, com as lanterninhas do BPI, muitas centenas de pessoas a cirandar pelos jardins.

Este ano o meu favorito foi o espectáculo "Contigo" no «mastro chinês» de João P. Pereira Santos coreografado por Rui Horta. Um espanto. Encontrei aqui uma foto.

Só por isto, valeu a pena. :-)



terça-feira, 22 de maio de 2007



Rachid Taha

Este tipo vem ao festival de Sines, no Verão.

Apaixonei-me por ele depois de ver este espantoso video-clip. Memorável.

:-)



terça-feira, 15 de maio de 2007



Da Avis São Tótós

Na semana passsada, havia uma publicidade à Avis na rádio que começava dizendo que tal como o Einstein tinha o E=MC^2, a Avis tinha o A=MT^3. "Milhas a triplicar", diziam, "A matemática agora é fácil", diziam.

Alguém confundiu o "ao cubo" com "vezes três".

Passou o fim-de-semana, e corrigiram a publicidade. Deixaram o Einstein e a facilidade da matemática.

Tótós.



quinta-feira, 1 de março de 2007



Anunciando: O Primeiro Blog Eterno

Fica a promessa, aqui hoje dia 1 de Março de 2007:

ESTE BLOG VAI DURAR PARA SEMPRE

(enquanto conseguir ler e escrever, pelo menos).

 

Escreva-se.



quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007



Eu, Como Ser Humano

Acho mal a Internet ter acabado. Não vejo porque tinham de desligar os servidores e parar com tudo. Metade do planeta já dependia dos bits que circulavam à velocidade da luz pelos fios transcontinentais e internacionais. Deixar de ter mail, web, msn, blogues, ftp, udp, tcp, rtp, é má cena. Acabou a wired, o diário da república online, os homebankings, os sites porno, o google, a á-má-zón, o aifive, os vídeos do yutub, os dáunloads, os vírus por email e o sssspam.

Não sei quem é o responsável, nem quais foram os critérios para a decisão, mas a Internet vai deixar saudades. Já a partir de hoje à meia-noite.

Adeus, Internet. Até ao teu regresso.

[estão de volta os pombos e os sinais de fumo]



domingo, 28 de janeiro de 2007



A realidade num telegrama

O caso do sargento do exército condenado a seis anos de prisão por rapto da criança que pretende adoptar, e que permanece "a monte" com a mãe adoptiva, parece lembrar-nos de que ainda é possível sentir e agir por causas (neste caso, amor paternal), mesmo que a defesa disso implique consequências trágicas e altamente penalizadoras. Na nossa sociedade light actual, superficial e de amores de revista, de frases cínicas e políticas e mentiras, de "tendo em consideração que...", de revistas de fim-de-semana, amores televisivos, isto parece uma irrealidade. Muito pouco hedonista, diga-se (caso o ponto não estivesse claro).

Já a Ana Gomes não sei o que quererá. É óbvio que o(s) Governo(s) sabiam dos voos ilegais da cia, ou sou só eu a ver isto? Se não sabiam, só por auto-inépcia ou incompetência. Espera ela vê-l'Os admitir isso, quando o Nosso Durão até apertou a mão Aos Outros nos Açores (pode arquipélago, que não merecia isso)? [este tema não merecia estar misturado com o anterior]

E finalmente, na régia Câmara Municipal de Lisboa, reina o caos urbanístico, com vários casos de suspeitas de corrupção. Parece que houve até um Vereador que veio a público denunciar uma tentativa de corrupção de que foi alvo (e o respectivo Corruptor). Inacreditável! Como é possível que se tenha tentado corromper um Vereador!?!?! Como é possível?! Num estado de direito democrático desde uma manhã de 1974?! [ironia][haviam de ser todos deportados][ou deixados em tanques com sanguessugas, suspensos ali ao Rossio para todos verem].

Stop.



domingo, 21 de janeiro de 2007



Ser Silenciosamente Tristonho Sombrio e Calado

«[...] The big boys left. We remained sitting. Peder was taciturn. Peder is the only person I describe in such a way. When Peder elected to be silent, he truly became taciturn. Now he was taciturn as never before. I've learned to live with it. If there's anything in this world I'm able to do it's to be in the company of taciturn people. All you have to do is shut up yourself and see who says something first. Peder lost. [...]» - The Half Brother, de Lars Saabye Christensen.

Do you feel lucky?



quarta-feira, 17 de janeiro de 2007



Isto Somos Nós

Este tipo faz-se, mais às suas letras. Eu sou um desses, hedonistas e ateus.



segunda-feira, 15 de janeiro de 2007



Os Procrastinadores

Li algures que há duas pessoas no mundo. As que fazem a cama todos os dias de manhã quando se levantam, e as que não o fazem.

Desde muito cedo que optei, neste assunto, por [espaço em branco], o que obviamente me coloca na categoria dos [outro espaço em branco]. Fiquei classificado perante o mundo e por vós que me observais criticamente bordeado de verde.

À classe dos que não a fazem, podemos chamar de Os Procrastinadores. É um nome feio, mas a desajeitada palavra até vem do latim (o que desde já nos diz muito sobre esse povo, não?).

Este nome lembra-me o de um filme francês que estreou há um ou dois anos, mas não me consigo lembrar do nome, até porque não tive oportunidade de o ver.

De resto, são pessoas normais, que não se reconheceriam nem no metro nem no BMW ao teu lado no semáforo. Cada um sabe de si.

És um procrastinador?

(só a palavra parece um pecado)



quarta-feira, 3 de janeiro de 2007



Ora aqui/aqui/aqui... temos o novo ano, não é?

Dizem que sim. Na ponte havia muitos carros em segunda fila, para ver o fogo de artifício. Em França, em algum lugar, houve quem protestasse contra o novo ano. "Fiquemos em 2006", "Foi um bom ano, não queremos 2007!", parecem-me boas palavras de ordem. Sempre me pareceu que o dia 31 de Dezembro deveria ser suprimido. E alguns outros, agora que penso no assunto. Na ilha da Madeira, gastou-se mais de um milhão de euros num fogo de artifício de 8 minutos, que entrou para o guiness. Estás a dar razão ao Sócrates, Alberto João. "É MENTIRA!" Olha que não é.

Amanhã vou definitiavmente mudar-me para a casa nova. Com vista para a ponte, totalmente desprovida de móveis a não ser a cama, mas quentinha. Com muito tempo e livro para ler, e durante uns dias, sem internete. Vou deixar crescer uma barba  branca (coloro-a com pó de talco talvez), andrajar as roupas, e deixar de falar. Enviei as bagagens à frente, por correio expresso, espero que já lá estejam quando chegar. Não queria ter de ir a Hong Kong buscá-las. Ou queria?

Mataram o Saddam, e não me apraz comentar nada sobre isso. É lá com eles. É uma espécie de aleatoriedade sincronizada.

Acabei de ler o "Crónica de um Pássaro de Corda", do Haruki. Pode ser a grande obra dele, mas preferi o "Norwegian Wood", mesmo gostando bastante. Acho piada a haver fios soltos, meadas desatadas, não me incomoda. O livro a meio pareceu faltar-lhe fôlego, mas irrompeu para o final como um cavalo numa corrida, e o ambiente era tudo. Curiosamente, numa estória tão passada dentro de sonhos, havia muita escuridão, e luzes que se acendiam ou apagavam. Mas não era o personagem principal quem flipava o interruptor.



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