quarta-feira, 31 de dezembro de 2003



Se dependesse de mim, os artigos decorativos em porcelana eram abolidos do planeta. Especialmente se contornados a dourado. E representando pequenos animais. Ou pessoazinhas.

Bom Ano.



terça-feira, 30 de dezembro de 2003



Não vale a pena despedir-me, a este não vou na generalidade recordar com saudade. A preocupação aqui é SAIR (depressa).

Nem de propósito, numa rádio online que estou a ouvir começou a tocar uma música cubana sobre o "año nuevo/nuevo año". "la vida és uma roleta, ai que seguir jugando"



quinta-feira, 25 de dezembro de 2003



Tem sido acesa a polémica bloguística acerca da minha posição sobre o aborto, e a sua ou não descriminalização/despenalização (cheguei a receber respostas do Avis e do Arbrupto!). Admito que a minha opinião possa ser invulgar, mas não ouvi até agora qualquer crítica que indique que:

a) a questão não fique resolvida;
b) não agrade a gregos e troianos e da direita portas à esquerda BE (apesar dos sobrolhos levantados, de todos eles, por não terem posse da ideia);
c) elimine totalmente os problemas e questões morais;
d) não implique quaisquer custos (e podendo até permitir alguma redução dos mesmos, havendo boa gestão do pessoa hospitalar e de apoio à família).

O tema para mim encontra-se (definitivamente) encerrado.





Caros amigos,

a vosso pedido expresso, há alguns meses atrás contactei a Defenestrerius Editora, de Lisboa, no sentido de publicar o que me foi pedido (leia-se tanto me chagaram para fazer). Procurem nas boas livrarias (e na FNAC em breve):

Curta Antologia Biográfica
os meus melhores sms: 1999-2003
Editora Defenestrerius, Lisboa
6,75€, 140 páginas (extractos de telemóvel não incluídos)
(3000 exemplares, claro)



terça-feira, 23 de dezembro de 2003



Como é que se sabe que se é feliz? levantamo-nos de manhã, com um solinho quente no rosto, e pensamos "sou feliz, VIVA a minha vida!"? Pensamos nisso, sequer? Sou feliz? Tu? (quem?)

O dicionário não ajuda muito (talvez seja uma palavra do tipo "amor").

felicidade
substantivo feminino
1. estado de quem é feliz; contentamento; bem-estar;
2. acontecimento feliz; bom êxito;
3. boa fortuna; sorte; ventura;

Se calhar a dúvida coloca-se-me por felicidade ser um substantivo feminino. Resta-me portanto a incompreensão eterna. (oh!)

ps (escrito dias depois): comecei a ler o "Disgrace" do Coatzee, e logo nas primeiras páginas li uma referência ao texto que cito de seguida, como termina "O Rei Épico" do Sófocles (lamentavelmente, apenas encontrei o texto na tradução inglesa):

Chorus

Residents of our native Thebes, behold, this is Oedipus, who knew the renowned riddle, and was a most mighty man. What citizen did not gaze on his fortune with envy? See into what a stormy sea of troubles he has come! Therefore, while our eyes wait to see the final destined day, we must call no mortal happy until he has crossed life's border free from pain.


(este gajo, o "Chorus" ;-) devia ser português, p ter esta onda depressiva)





Pergunta matinal de amiga: "Bom dia! Preparado para mais um tenebroso Natal?"

Uma pessoa deprime-se no Natal.
Deprime-se no aniversário.
Deprime-se na passagem de ano (ok, não, a tosga evita a depressão, vá)
Deprime-se quando lê o Luis Delgado.
Deprime-se quando vê ou lê o Durão ou a Leite.
Deprime-se quando o trabalho não corre bem,
quando nos desiludem,
quando chove e os dias são cinzentos,
quando falta o euro,
quando os amores desamoram,
quando as coisas correm mal, a resumir.

Aliás, acho que é quase impossível estar-se de bom humor.


Mas eu estou. :-D





O teu silêncio é de aço.





Ontem à noite estive em casa de um amigo. A conversar, a ver um DVD, e a beber um whisky c gelo. A fingir que somos adultos, "os nossos pais".

Junte-se isto ao ir almoçar ou jantar fora e pedir bacalhau c grão (c gosto!), são sinais.



quinta-feira, 18 de dezembro de 2003

quarta-feira, 17 de dezembro de 2003



Há poucos gajos que me irritem tanto como O Palerma do Luis Delgado. Neste caso o Digníssimo Sr. fala sobre o Saddam (q todos admitem ser um carniceiro assassino), em termos apropriados, parece-me, à sua própria falta de classe.

Este gajo, francamente, desde os tempos do diário digital que me irrita. Que tenha chegado a Administrador da Lusa, com o seu discurso primário, e já ("duh!") com este governo, é para mim um mistério.



domingo, 14 de dezembro de 2003



Estou honestamente surpreendido com a captura do Saddam. Mesmo n concordando c esta guerra palerma e com a forma como foi/está a ser feita, já n esperava que apanhassem o rapaz, condenado a desaparecer em terra de moirama numa noite de nevoeiro (de pó de bombardeamentos aéreos). Até quenfim!





Have you ever had the feeling
that the world's gone and left you behind?



quarta-feira, 10 de dezembro de 2003



Cartão Zero em Comportamento 2003Goodbye Zero (or até breve)
2 ciclos que vieram do frio e trouxeram calor, muitas curtas, em tempos recentes filmes como O Ódio, Fallen Angels, O Estrangeiro Louco, Em Carne Viva, Otesánek, Lilya 4-Ever, Bunker Palace Hotel e Tykho Moon do Bilal, Pi e Requiem for a Dream (inacreditável como este não estreou "comercialmente"), Cidade de Deus, Fucking Ämal, Waking Life... e não saía daqui se enumerasse todos os de que me lembro.

Foram muitos filmes desde a Geniuzastare até à Zero até ontem, no Cine-Pulga da praia da vitória. É triste e absolutamente lamentável que um projecto cultural destes termine assim, com falta de apoios. Deixa saudades, e deixo parabéns aos Zeros pelo trabalho q fizeram.

Hukkle.

ps- antes Zero em Comportamento, que Zero à Esquerda.



terça-feira, 9 de dezembro de 2003



Sem pensar
Na semana passada uma velhinha na rua pediu-me um braço para descer um degrau. Emprestei-lho, escoteiro. Depois de descer, agradeceu-me profusamente, e terminou com "... e Deus o abençoe", ao q respondi na negação dos agradecimentos: "ah, não, deixe estar".





raispartam manhãs cinzentachuvosas como a de hoje. bolas, n há pachorra, francamente.



quarta-feira, 3 de dezembro de 2003



Mais um evento de LU-XO! Sons em Trânsito II. Vi 4 concertos:

Kimmo Pohjonen- Kimmo Pohjonen. Finlandês com saia grossa de metalúrgico ou ferrador, um acordeão e samplers - a cargo de um coleguinha em palco. Música para encher os ouvidos, e ouvir com a banda sonora das entranhas da terra a explodir, um céu cheio de negro, chuva trovões e relampagos. E um sistema surround surpreendente também (ouvíamos os dinossauros a atacar por detrás).
Muito, muito bom.

-Susheela Raman. Se tivesse de resumir numa palavra, essa seria: zzzzzzzzzz. Nao gostei, achei poprock na música e na pose. Gostei do percussionista. :-) De resto, a anglo-indiana deu-me sono.

- Klezmatics. Segunda vez que vejo os klezmer nova iorquinos ao vivo. Um bom concerto, cativante e com com muita energia. Foi o único em que o público se levantou para dançar. Cumpriram, e valeu a pena.

e finalmente:

- Mari Boine. Tenho vários CDs da moça, e aguardava o concerto com alguma espectaviva. Não me desiludiu. O Pohjonen foi bom, mas a Mari Boine cilindrou. O corpo parecia q tomava conta de mim, pena a sala n se prestar a levantamentos súbitos :-(. Memorável, na voz dela e no acompanhamento sonoro.

Um conhecido que esteve comigo nos concertos tirou algumas fotos excelentes aos concertos.

... agora só me falta a Lhasa, e morria praticamente feliz. :-)



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