terça-feira, 24 de junho de 2003



Não faço puto de ideia se isto estará certo ou não, mas eis a Hora Legal de Portugal.



terça-feira, 17 de junho de 2003



Era bom de mais (demais?) para ser verdade. Toda a gente a falar das inovações da feira do Livro de Lisboa deste ano, quando chegam os diagósticos (in Público):

"[...] a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) admite que a perda possa chegar aos 20 por cento, a União Portuguesa de Editores calcula que se situe em 30 por cento."

e sobre as inovações:

"[Alguém da D. Quixote] Destaca ainda o problema dos editores que ficaram voltados para o relvado do Parque Eduardo VII, uma novidade este ano, concebida pela dupla de arquitectos contratada pela Câmara de Lisboa. Aconteceu com dois dos pavilhões da Dom Quixote. «Essa ideia foi um desastre. É uma zona de menor passagem. Tivémos que compensar com autógrafos, colocando lá os autores». [...] «As editoras voltadas para o relvado tiveram muito menos visitantes», admite Baptista Lopes da APEL - organizadora da feira, em colaboração com a UEP. «É um erro que não se pode repetir.»

Pronto(s). Lá se foram as inovações!



domingo, 15 de junho de 2003



A história é trágica, mas não deixou de me fazer sorrir (humor negro tipo monty python). Notícia de hoje no Público:

"O homem que hoje de manhã se atirou da Ponte Vasco da Gama para o Rio Tejo foi encontrado quase quatro horas depois, vivo, num mouchão, por uma lancha da Polícia Marítima, disse fonte desta força.
Trata-se de um estudante de teatro, de 23 anos, acrescentou a fonte.
O estudante atravessava a ponte num táxi, quando, por volta das 08h00, mandou o motorista parar, abriu a porta e atirou-se para a água.
O motorista alertou imediatamente os bombeiros que, por sua vez, pediram a intervenção da Polícia Marítima. Esta enviou para o local uma lancha que só quatro horas depois conseguiu localizar o jovem, de pé num mouchão, gesticulando com os braços a pedir ajuda.
Mas, pouco depois de ter sido recolhido pela lancha, o jovem voltou a atirar-se a água. Novamente recolhido foi manietado. O jovem já tinha feridas nos pulsos que tentara cortar com cascas de mariscos, contou à Lusa um agente da PM.[...]"


Ponte Vasco da Gama

Claramente não consultou o Practical Guide do Suicide (o Potassium Cyanide (KCN) Consumption parece ser interessante). Ainda hoje me surpreendo, tal como anos atrás quando pela primeira vez encontrei este documento na net, com o facto de haver quem produza e publique informação desta natureza. Seja como for, a Ponte Vasco da Gama é claramente baixa demais.

ps- link acabado de encontrar, por total coincidência, e acrescentado à posteriori: http://www.tu-importas.org/home/default.asp





"Quando um casamento começa a ir por água abaixo, percebo por que motivo é tão tentador ter uma ligação com outra pessoa. Isso simplifica as coisas e torna-as palpáveis. Não é preciso andar a tactear no escuro, a tentar descobrir o que correu mal e como se poderão melhorar as coisas. Basta dizer: «Há outra pessoa», para acabar com tudo; toda a gente entende uma motivação tão simples. Alguém que se apaixona pode disfrutar de grande compreensão, mas o mesmo já não acontece com quem se desapaixona.
Eu percebia isso, mas não ia fazê-lo."

- Frank Ronan, Piquenique no Paraíso (estou a ficar lamechas)



sexta-feira, 6 de junho de 2003



Um net-acaso (lê-se netacaso, uma palavra apenas). Estava eu a procurar informação sobre o filme que referi na post abaixo, quando encontrei esta página brasileira. Vou resumir parte do que diz:

O novo álbum, intitulado 32 de dezembro, será a segunda parte da trilogia iniciada por O sono do monstro (publicado em português pela editora Meribérica). Não foram divulgados detalhes sobre a história, mas ela deve, como o anterior, se concentrar em uma das personagens do trio de protagonistas introduzido na primeira.
A Humanoides Associes francesa prometeu o lançamento para 3 de junho. Edições em outras línguas devem se seguir. Não foi confirmada uma versão em português, mas é provável que a Meribérica, que lançou quase todos os trabalhos do autor em português, deva publicar mais este.


O mini-site do livro, que na Amazon Uk fica disponível já em Agosto, tem muito mais informações e cenas fixes. No Fnac.com tb há mais informação:

Drôle de date pour des retrouvailles ! Le nouvel album de Bilal s’appelle 32 Décembre. Ne cherchez pas dans vos calendriers : le 32 décembre n’existe nulle part. Sauf dans l’imagination foisonnante d’Enki Bilal... Dire que son nouveau livre était attendu est un doux euphémisme: voilà cinq ans que les amateurs de bande dessinée avaient pris rendez-vous avec lui. Depuis 1998, l’année de parution du Sommeil du monstre, premier volume d’une trilogie très ambitieuse. Le Sommeil du monstre était né de la guerre en ex-Yougoslavie, le pays d’origine de Bilal. De ses horreurs et de ses déchirements était venu le besoin d’écrire une histoire traitant de la mémoire et de l’identité. Le lecteur faisait ainsi connaissance avec Nike, Leyla et Amir, les trois orphelins de Sarajevo. Bilal inventait au passage une nouvelle manière de faire de la bande dessinée: désormais, il s’échapperait du cadre trop contraignant de la bonne vieille planche de bd pour travailler ses cases une à une, en grand format, avant de les assembler à l’ordinateur.

Cinq ans après, Bilal revient avec un album au graphisme toujours aussi maîtrisé, toujours aussi fascinant. On retrouve les trois personnages, qui racontent chacun à son tour et offrent ainsi au lecteur une multiplicité de points de vue. De quoi parle 32 Décembre ? De sujets graves et passionnants, qui constituent aujourd’hui l’ordinaire des pages des quotidiens et des journaux télévisés. De clonage, de manipulation mentale, d’art contemporain, d’écologie. et d’amour, aussi... En fait, il traite tout simplement du seul sujet qui vaille: l’être humain et sa place dans la société. Cette société en proie à des bouleversements parfois déboussolants pour ces pauvres créatures humaines qui ne savent pas trop à quoi se raccrocher… La structure du livre a été largement modifiée par Bilal après les attentats du 11 Septembre. Ce qui n’étonnera personne: depuis sa collaboration avec Pierre Christin sur les «Légendes d’aujourd’hui» (Les Phalanges de l’Ordre noir, Partie de chasse, etc.), Bilal s’est toujours imprégné de l’actualité du moment pour nourrir ses récits. 32 Décembre ne déroge pas à la règle.

Simplement, l'album est peut-être un peu moins sombre que ce que l'on pouvait attendre. Il suffit de regarder les couleurs utilisées par l'auteur: à ses teintes habituelles – le gris, le bleu, le rouge – viennent s'ajouter ici ou là des touches de vert, comme s'il voulait donner une pointe d'espérance à son propos. Le signe d'un nouveau Bilal? Peut-être… Pour le savoir, il faudra attendre le troisième volet de sa trilogie. En espérant que, cette fois, il saura ne pas nous faire patienter cinq nouvelles années. En attendant, il restera de toute façon dans l'actualité: son prochain film, adapté de sa «Trilogie Nikopol», devrait sortir début 2004. Un album et un film en l'espace de quelques mois: décidément, les fans d'Enki Bilal – et les autres – ont bien de la chance…





Ontem fui ver o "Bunker Palace Hôtel", primeiro filme do Bilal. Há uns meses atrás vi o "Tykho Moon", o segundo. A explorar no IMDB, encontrei info sobre um 3º filme dele, actualmente em rodagem. Chama-se "Trilogy". Quando, com curiosidade vaga, fui ver info sobre o filme, enfim... lagriminha ao canto do olho. Dizia assim:

Plot Outline: In 2025, reporter Jill Bioskop nicknamed "La Femme Piège", writes her articles on a strange typewriter that makes them go back in time. Meanwhile her lover is assassinated...

Para quem, como eu, acha a Trilogia do Bilal uma obra maior de Banda Desenhada mundial, e mesmo antecipando-se uma provável desilusão, o início de 2004, quando supostamente o filme sairá, é um mês a esperar com antecipação (nem que seja preciso ir a França ver a porra do filme).

No papel de Jill Bioskop vai uma tal de Linda Hardy, aparentemente Miss França em 1992 (o que é um péssimo sinal à partida, mas enfim - imagina-se esta moça de cabelo azul e pele miuto branca? - outra foto). Como Nikopol vai estar um tal de Thomas Kretschmann (O Pianista, ... Blade II....).

mais info: 1, 2, 3, 4 e uma com melhor aspecto.



terça-feira, 3 de junho de 2003



"Já alguma vez se sentiram assaltados pela certeza inesperada e inelutável de serem uns palermas? Já alguma vez foram apanhados a fazer qualquer coisa que ninguém em seu perfeito juízo faria? Ou já se deram conta de serem a única pessoa no mundo a acreditar em todas as fantasias ou a apaixonar-se e de que, para os outros, o amor é uma coisa para manipular e vilipendiar? Por apaixonar-se entendo apenas dar mais valor a outrem do que a nós mesmos, pondo-nos, deste modo, a nós próprios numa posição vulnerável. É um facto que nunca podemos estar certos de que alguma vez outra pessoa tenha sentido o mesmo por nós. É um facto que nunca estamos certos de que uma pessoa que conhecemos tenha escrúpulos ou se preocupe com alguma coisa para além de si. Ou, se o leitor for desses indivíduos que se obstinam em ter uma confiança ridícula nos entes que amam e tudo isto o deixar indiferente ou lhe parecer absurdo, tente recordar-se desse momento da sua vida em que abusaram da sua boa fé [...]"

in Frank Ronan, Piquenique no Paraíso.



segunda-feira, 2 de junho de 2003



Thievery Corporation. Na Aula Magna, uma sala completamente desadequada para o efeito, mas um bom concerto.



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