segunda-feira, 16 de dezembro de 2002



Cara ju, A questão que colocas é para mim há muito tempo actual e ao contrário do jota reparo que infelizmente muito pouco. Será que estamos todos predestinados a ser compreendidos postumamente.

Caro jota, quem disse que o politicamente correcto da constituição é verdade? Não será apenas tolamente correcto?
Eu gosto da palavra povo. O povo do pastel de bacalhau, da sandes de ovo do rossio (aquelas que estão na montra desde que a loja abriu), do Zé Maria, da peúga com chinelo, do cheiro a lixívia, do correio da Maria e ficava aqui o resto da noite a lembrar-me de exemplos do povo.
A despropósito: lembro-me de o ano passado ter comentado, com a mãe de um aluno meu, que recebia todas semanas em casa uma revista portuguesa e do sorriso triunfal dela e do ligeiro arfar de entusiasmo quando me perguntou se era a Maria...
Vês? O POVO é sensacional pela simples razão que nem sequer sonha que existe outra hipótese de ser. Basta-se a si próprio, só se conhece a si próprio... E no fundo ele é o mais determinante de tudo. A cultura de uma nação faz-se antes de mais pelas características do seu POVO. Ou serei eu que estou a ver mal?



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