sábado, 4 de janeiro de 2003



Olha! Sabem que mais? Estou muita contente que já passou o Natal e o Ano Novo. Não morro de amores por esta época do ano. Só gosto da noite da consoada na casa do meu padrinho. Não gosto dos magotes de gente que anda pelas ruas e pelos transportes, não gosto de entrar numa loja e apenas ver braços e mãos a comprar e não o que há na loja, não gosto do dinheirão que se gasta nesta altura do ano, acho ridículo que se fale tanto em poupar mas que haja tanto dinheiro para desperdiçar em iluminações de Natal por tudo quanto é Mundo, não gosto da quantidade de calorias que se ingere e sobretudo não gosto da obrigação que sinto de estar com espírito natalício, não percebo essa da festa da família. Eu gosto da minha família e dos meus amigos o ano inteiro e tenho muitos Natais durante o ano. E também acho que a celebração do nascimento de Jesus já foi ao ar há muito tempo. Acho isto tudo ridículo. Sinceramente acho que o termo Natal devia ser substituído por outro relacionado com consumismo. Pelo menos assumam que o que mais se faz no Natal é consumir e gastar dinheiro (muitas vezes à toa). Proponho que voltemos à forma antiga de festejar o Natal: pequenas lembranças de guloseimas para as crianças e uma ida à missa à noite seguida de cacau quente com rabanadas e no dia a seguir um belo almoço de família. É assim que a minha mãe fala do Natal pobre do Alentejo e é assim que eu queria que fosse. Juro que era. AH! E para aqueles que se dizem ateus: desculpem mas esta festa não é vossa. Abstenham-se! Até já chegámos ao ridículo de se festejar o Natal na China e no Japão.
Não! Isto não é azedume. Eu só não embarco na carneirada do Natal. Mas adoro rabanadas.



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