quinta-feira, 31 de dezembro de 2009



Alien, o 7º Passageiro

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Ando com insónias, incapaz de dormir, e com um acordar agitado.



terça-feira, 29 de dezembro de 2009



Silent, Strange Night

Sei que me deitei cedo nesse dia, pela meia-noite. Queria começar a semana bem desperto, levantar cedo no dia seguinte para o inevitável emprego , e não passar a semana com sono a atropelar paredes e móveis.

Sei que me custou adormecer. Que vi chegar a uma da manhã, cansado já não do dia passado mas das voltas na cama. Levantei-me num intervalo para beber água e apanhar ar, e voltei aos lençóis pouco depois.

Sei que adormeci. E que acordei algumas horas depois, ainda noite escura, com demasiados sonhos na cabeça. Com pesadelos, por estranho que pareça. A sentir-me exausto e perturbado. Li no Freud a teorização do inconsciente e do mundo dos sonhos, mas não soube na altura – consciente - ler fosse o que fosse nos mesmos. E agora já é tarde demais, já não me lembro. O inconsciente não gosta de ser revelado, ao que parece.

Sei que voltei a adormecer. Deixei tocar o despertador de 9 em 9 minutos até se fartar, deixei a luz acender-se nos estores, deixei-me rolar para a esquerda primeiro e para a direita depois em busca de conforto, vezes sem conta, no mesmo mundo de pesadelo de antes. Deste inconsciente, lembro-de uma coisa apenas. De ter um sonho como se acordado, e de nesse sonho me custar andar (a caminho de uma paragem de autocarro), me custar estar de pé, por me doerem os joelhos. De pensar que só em sonhos eles me doem, mas que se estava acordado, devia estar com um problema. Como se um sonho dentro de um sonho.

Sei que acordei com o toque de uma mensagem, duas horas depois da hora a que queria acordar. Atrasado e perturbado.

O que se passou cá dentro?



segunda-feira, 21 de dezembro de 2009



Falta-me sempre uma

Quando mais preciso dela é quando mais parece que a tenho escondida debaixo da língua, atrás da amígdala, a jogar às escondidas comigo mesmo. Sai, moça, digo, e vejo-a a espreitar de lado, mostrando algumas das suas sílabas, mas logo se esconde de volta (mas quem tem medo sou eu não ela).

Não acontece sempre, só quando é mesmo preciso, quando é im-por-tan-te, que ela nos falha, que não está lá. Ilude-nos e finta-nos e serpenteia ao nosso redor como uma abelha, “ela está dentro de nós” mas não se mostra e não quer sair.

Fica assim à porta da boca, é o que é. Porque não vens cá fora?



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