quarta-feira, 19 de agosto de 2009



Aluguei o cérebro

A crise tem destas coisas. Para fazer face às inúmeras despesas do dia-a-dia, sustentar os vícios e as colecções de pastilhas, em que pontifica um pacote de 5, novilho em folha, de pastilhas Gorila verdes dos anos 80. Sim, aquelas que se punham todas de uma só vez na boca ao mesmo tempo até deixar de conseguir falar, com uma expressão alegre e atrapalhada na boca. Vale quase 4000€, há muitos que mas querem abocanhar, malandros!

Mas dizia eu antes de me distrair. Agora acontece muito distrair-me. Às vezes parece que sei porque é, mas quando estou quase a pôr isso por palavras, esquece-me o que ia pensar. Não é que isto de me distrair aconteça com muita frequência. Se pensar bem nisso, a última vez já foi há praí um mês e espinhos. Ainda me recordo assim mais ou menos e tudo.

Porque dizia eu antes de me distrair, e isto sim é do que queria falar. Estou aqui a bebericar um rosê enquanto escrevo para ver se me concentro. Estar a escrever com um copo na mão é curiosamente mais fácil do que escrever desarmado. Onde é que eu ia?

Ah. Estava a falar do que ia dizer antes de me confundir com os vícios e excepções. Aluguei o meu cérebro. É. Vi nos fóruns da internet, estavam a pedir voluntários, e para sustentar os meus vícios e as minhas colecções de pastilhas, decidi alugar o meu cérebro. Li uma vez numa revista que só usamos 10% do nosso cérebro, por isso decidi alugar os outros 90% para fazer investigação médica e descoberta de vida fora do sistema solar. Parece que há muita gente que anda assim, com a cabeça na lua e até mais longe.

Posso dizer que já ando há uns 8 meses nisto, e que não há risco nenhum. Tenho tido aí outros problemas, enfim o normal nestes tempos modernos, mas não tem nada a ver com isso do cérebro. É mesmo verdade o que dizem. Só usamos 10%.



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