terça-feira, 21 de julho de 2009



buédecenas

Recebi vários faxes a perguntar-me porque decidi usar um número no título da posta anterior. Não lhes respondi, apesar de o mistério não ter mistério nenhum. Se calhar, é uma conspiração minha contra a humanidade. Se calhar, eu fui à Lua e não quero que ninguém saiba (se calhar vou lá todas as noites). E mais: fui a pé. Isso. Fui a pé à Lua. E mais! Quando me perguntaram sobre a minha Viagem ao Fundo de Mar, e de como lá tinha chegado, boquiabri-me embasbacado: “Mas… fui pelas escadas!” As pessoas fazem cada pergunta!!! Queres ir lá comigo? Preferes a Lua ou o Fundo do Mar?

Para mim tanto faz. Preferia Marte, para ser sincero. É o meu planeta Natal. Vim de lá de avião e aterrei na terra ali na zona que chamam de Leiria. Depois caminhei a pé até aqui, provei uma maçã, e decidi que ia ficar aqui. Pensei ainda em chamar os meus amigos para vir destruir disto e fazer uma auto-estrada espacial (…), mas eles preferiam ficar a ver televisão.

 

Não é curioso, como hoje em dia podemos dizer qualquer espécie de barbaridades e tudo nos parece aceitável? Deixámos a barreira da suspension of desbelief cair a níveis absolutamente baixos. Tudo nos parece credível. Não estou a dizer que isto seja necessariamente mau. Afinal de contas, que mal tem a mulher de 102 anos da polinésia que teve 3 gémeos? A questão que se põe é: como é que se consegue criar surpresa, nesta civilização? será possível?

Como é que eu te conseguiria surpreender, dizes-me? Eu até sei. Mas quero que sejas tu a dizer-me.



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